Bora que dá! Como está o clima por aí? Medo, incerteza, indiferença ou esperança? Sabe do que eu tô falando, né? Desculpe se estou monotemática ultimamente, é que a atmosfera do momento exige a repetição do assunto; é a nossa sobrevivência que conta e eu não sei você (apesar de imaginar), mas eu quero começar a ver a vida melhor num futuro logo neste domingo, porque não quero pensar em outra possibilidade que não seja a vitória da democracia no primeiro turno. Li na internet que “a esperança é ferramenta de luta” e até pouquíssimos dias atrás, a escassez dessa palavra me doía o corpo todo. Te escrevo aqui no meio de uma leve crise de ansiedade, descartei três textos para esta newsletter porque não via sentido em falar sobre qualquer outro assunto que não fosse o dia mais importante do ano: o dia dois de outubro. Receba esta edição como um bilhetinho de amor, não me prolongarei por hoje, e acho que aí do outro lado essa aflição pelo resultado de amanhã talvez não permita que você tenha muita paciência e concentração. Entendo perfeitamente. Então hoje, indo contra todo o meu histórico de palavras e mais palavras quase sem fim, escrevo apenas para chegar em você mais uma voz de esperança, alegria, amor e expectativas. Os problemas do país vão acabar milagrosamente quando o resultado sair? Claro que não! Mas eu tenho uma imensa certeza dentro de mim que toda essa atmosfera de ódio que nos ronda há no mínimo quatro anos vai começar a ser dissipada por uma gigante onda de orgulho, empatia, respeito e solidariedade e é somente nisso que eu acredito. Minha fé é na vida e em todas essas pessoas que estão exaustas de dividir o mesmo chão com quem desrespeita a nossa existência. Eu estou pronta para a mudança e torço para que você aí desse lado da tela receba toda a minha força, porque o vermelho é a nova cor da esperança. Lutemos juntos!
[Diário de escrita]:
Os últimos dias por aqui foram de muito texto colocado no mundo. Na Folha de Alagoas, saiu o A tendência ao devaneio e o Tudo vermelho e não é de sangue e coincidentemente um texto pareceu o complemento do outro, mas não foi intencional, juro. Eu só respiro o assunto eleições, então seria impossível não escrever sobre isso. Estamos no clima, o nome disso é esperança mesmo.
Na Florita Urbana, a resenha da semana foi sobre “Primeiro eu tive que morrer” e eu fiquei toda amostradinha porque a Lorena Portela, autora do livro, comentou e repostou a publicação. Tô aqui toda orgulhosa por isso!
Ainda falando em Florita Urbana (aproveitando, você já conhece o instagram dela? Vai lá conhecer, vai), trago para você mais uma novidade em primeira mão: vai rolar a primeira oficina de escrita do Ensaiando Palavras em parceria com a Florita. Começaremos a divulgação na próxima semana, mas se você é de Maceió - a oficina será presencial - e tem interesse em participar (no próximo dia 22 de outubro), fala comigo que eu te dou todas as informações com exclusividade.
Eu tô muuuuuito feliz!
[O livro da vez]:
Eles odeiam poesia e será mesmo com poesia, amor e nossas mãos dadas que a democracia prevalecerá e nosso país voltará a sorrir de novo. Eu amo os poemas de WISLAWA SZYMBORSKA, e este livro especialmente, me alimenta um pouquinho todo dia, porque ele reúne seus poemas, nos encantando graças à sua inteligência afiada, ao lirismo cheio de ironia e à observação da vida cotidiana.
“…uma nuvem de gente sobre o país seguiu,
nuvem grande, chuva pouca, uma lágrima caiu,
chuva pouca, uma lágrima, secura.
Os trilhos dão em uma floresta escura.
Sim, é assim, segue pelos trilhos o trem.
Sim, é assim. O transporte dos gritos de ninguém.
Sim, é assim. Desperta na noite escuto
sim, é assim, o surdo martelar do silêncio”.
[Para assistir]:
Manhãs de setembro é a série que você precisa assistir neste fim-de-semana. Já conhece? Chegou no Prime a 2ª temporada uns dias atrás e eu maratonei no domingo passado, claro, e ela está tão maravilhosa, que a cada episódio era uma lagriminha de amor que rolava no meu rosto. Para sentir um pouco do que estou falando, veja os trailers das duas temporadas aqui e aqui. Um detalhe que amei nessa nova temporada: Seu Jorge entrou no elenco. Um primor!
A série é estrelada por Liniker, no papel de Cassandra, vivendo na loucura da vida em São Paulo, com todas as suas dificuldades cotidianas, descobertas, e fortalecendo laços familiares, de amizade e uma jornada de amor muito cativante e inesperada. Ah! e a trilha sonora? S E N S A C I O N A L! Cassandra é cantora também e, claro, a gente acaba sendo agraciado com a potência musical da nossa maravilhosa Liniker.
Ouça aqui:
[Ouvi enquanto escrevia]:
Sabe aquele som que você descobre por acaso e se apaixona de primeira? Bem, tô nessa com Jamila Woods. Ela é cantora, compositora e poeta americana, e simplesmente ganhou o meu coração. É fato que eu tenho uma queda por R&B/Soul, então, o encantamento já é quase certo. Vou atualizar a playlist do Ensaiando Palavras com as músicas dela e enquanto isso, sinta aqui o que eu tô falando:
[Um trecho]:
“Nunca se poderá determinar com certeza em que medida nosso relacionamento com o outro é o resultado de nossos sentimentos, de nosso amor ou não-amor, de nossa benevolência ou de nosso ódio, e em que medida ele é determinado de antemão pelas relações de força entre os indivíduos”.
- A insustentável leveza do ser - Milan Kundera
[Sobre o podcast]:
Já está no ar o primeiro episódio da nova temporada do Ensaiando Palavras Podcast, já ouviu? No quadro [1poema], eu trouxe o “Um milhão de terras cabem dentro do sol” e espero que ele possa entrar nos teus poros e que seja um presente de poucos minutos para um respiro no seu dia.
[E tem mais]:
- O título vem depois com “Não é só um memorial reflexivo” - newsletter de Jéssina Freitas
- A internet que a gente faz - quando ficar em alerta sobre o uso de filtros nas redes sociais
- 13 filmes - instagram de vra_tata
[Me encontre também]:
TÍTULO 4 - Ano 1 - (outubro/2022)
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Entre em contato, se quiser conversar mais sobre os assuntos desta publicação.
Até a próxima!
Beijos, Nat <3
#8 um novo respiro de esperança
eu também tava com muita esperança e fiquei triste por não ter sido no primeiro turno. quando fui votar ontem e percebi a quantidade de gente que ainda andava com o peito inflado e a postura arrogante segurando bandeira do brasil e tudo, comecei a me questionar sobre onde essas pessoas estavam quando tudo aconteceu nesses últimos 4 anos e o porquê de elas quererem continuar com os olhos fechados. algumas pessoas não enxergam o amor nem querem fazer isso, simplesmente porque não gostam, e ao ver qualquer raio de possibilidade de se aproximar do que são contrários, já barram, xingam ou ignoram ao máximo. é terrível pensar no cenário que estamos vivendo, mas é preciso, sim, que continuemos com esperança, esse sentimento que eles também não são muito fãs. e achei lindo o que você trouxe sobre poesia, Nat, porque normalmente recorremos à arte pra encontrar amor e esperança, e deve ser por isso que eles também não gostam de palavras poéticas. precisamos continuar trilhando o caminho com arte e afeto, porque isso eles não têm e não vão poder tirar de nós. vamos com esperança no amanhã e no segundo turno, que certamente será melhor. <3 um abraço apertado em ti e uma boa semana de força pra gnt :')